lunes, 7 de enero de 2013

Educación
Todos los lunes con la...
Caros189-CapaSite.....revista mensual brasileña de orientación socialista (www.carosamigos.com.br).
   Todos los lunes, publicaré artículos super interesantes que han sido publicados en diferentes épocas en números Especiales, y que se mantienen vigentes aún en nuestros días. Serán escritos en su idioma original, no serán copiados, sino que serán transcritos - el traductor adjunto en la página, ayudará en la lectura -.
   Esta primera tanscrición versará sobre el eterno problema de la Educación en el Brasil (Cualquier semejanza con otros países, no será casualidad).
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 Ensino (educación) superior.
Caminho aberto para a privatização.
Com o avanço das políticas neoliberais, a educação  se torna cada vez mais vulnerável à ação do mercado, seja por meio da subvenção o da atuação das fundações do direito privado.

Por Rodrigo Cruz.

  Se há um direito público  seriamente colocado en cheque pela ideología neoliberal no Brasil, este direito, sem sombra de dúvida, foi o da educação. Transformado en segmento de mercado com direito a clientela, gestão empresarial e perfil competitivo, o setor é um exemplo clássico de como a lógica privatizante, além de no resolver o problema da suposta "insuficiencia" do Estado, pode trazer consequências graves a curto e longo prazo.
  Sob a orientação de organismos internacionais como o Banco Mundial, o projecto de reduçao do Estado brasileiro tem contribuído de forma substancial para o agravamento das desigualdades sociais. Submetidas à lógica do mercado, as escolas públicas perden em cualidade e se tornam incapazes de enfrentar a concorrencia do setor privado. O discurso privatista ganha força con a implantação do sistema de avaliação do ensino, criados com o objetivo de comprovar a ineficiência do ensino público, establecer a concorrência entre as escolas e permitir a exploração comercial da educação.
  O longo processo de sucateamento do setor deve ser coroado em breve com a implantação do chamado "ProUni do Ensino Médio", anunciado com exaustão pela Presidente Dilma Rousseff durante a campanha eleitoral de 2010. Na prática, o programa de subvenção deberá repetir no ensino médio, o que ya acontece no ensino superior, entregando uma parte significativa dos recursos do ensino público nas mãos dos empresários do ensino privado sob a justificativa de promover o acesso à educação. Dinheiro que podería ser usado na melhoría do ensino público vai parar no bolso da iniciativa privada (Nota del bloguero: En Venezuela, Ecuador y Bolivia, se puso en práctica esto último, y ya se redujo sorprendentemente el analfabetismo, algo que la privatización no logra resolver.) 
Histórico de entreguismo.
   Para comprender como a educação se tornou um negócio no Brasil é preciso retornar algumas décadas no passado, mas precisamente aos anos 1950. Para lisete Arelaro, Professora Titular da Faculdade de São Paulo (USP), as primeiras mudanças significativas no perfil da edicação brasileira ocorreram ainda durante o governo de Juscelino Kubitschek. Para atender a demanda de mão de obra qualificada da nascente indústria automovilística, o presidente priorizó o investimento no ensino técnico, más também estimulou a intelectualidade a retomar a discussão sobre a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) para a Educação, prevista na Constituição de 1946. 
   A pesar da orientação claramente privatista, a primeira versão de Diretrizes e Bases, publicada em 1961 pelo presidente João Goulart, foi fundamental para expansão do ensino público brasileiro nas décadas seguintes. O texto, entre outras coisas, tornou obrigatória a matrícula nos cuatro anos do ensino primário, aumento o n úmero de vagas no ensino público, descentralizou o poder do MEC e concedeu maior autonomía aos órgãos estaduais. En contra partida, o projecto favoreceu fortemente os interesses privados, permitindo que os empresários da educação ocupassem cargos nos conselhos de educação nos níveis federal e estadual.
  Com o golpe militar de 1964, os militares deram continuidade à expansão  de vagas no ensino público, tendo en vista no somente a qualificação de mão de obra nacional, mas principalmente a necessidade de exercer um controle ideológico mas amplo sobre a população. "O aumento do número de vagas no ensino público exigiu não apenas a formação de um maior número de professores, que seriam formados por instituções de ensino superior  particulares recém inauguradas, como também abriu espaço para expanção das escolas privadas, cuja função era absorver o excedente que não era atendido pela rede pública", explica Lisete. Outro fator que favoresceu a expansão do setor privado, foi a reforma tributária do primeiro governo militar, que preveía a imunidade fiscal para instituções deste tipo.
  Nos anos 1970, o esgotamento do regime militar e do modelo intervencionista exigiu um novo modelo de intervenção da máquina estatal, capaz de resolver o enorme problema do déficit público brasileiro. Para operar esta mudança de método., o Estado contou com o apoio dos conglomerados de mídia, que passaran a divulgar a "incopetencia administrativa do setor  público", en oposição à excelência do setor privado, antecipando a lógica neoliberal de caráter privatizante que daría o tom da política internacional nos anos seguintes. "Fica a impressão de que a única forma de resolver o problema é fazendo parcerías com o empresariado, cuando o objetivo é enxugar os gastos públicos", completa Lisete. 
  Durante o processo constituinte de 1988, os movimentos en defesa da escola pública conseguiram importantes vitórias, como a garantía da educação como direito de todos e deber do Estado, mas tambén sofrerom derrotas decisivas para as instituições privadas e religiosas, fato que permitiu, durante os governos neoliberais de Fernado Collor, Itamar Franco e Fernano Henrique Cardozo, o avanço de projectos e programas privados voltados para escolas e universidades públicas. Paralelamente, os empresarios da educação passaran a actuar no Congresso Nacional por meio de lobby privatista, con o objetivo de garantir no legislativo a aprovação de projetos que permitan a exploração comercial da educação e manutenção do modelo de gestão pouco democrática das instituições de ensino privado.
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   El próximo lunes será publicada la 2ª y última parte de este artículo, tan interesante y diáctico para todos los paises de nuestro continente.

   Walter E. Carena
   Twitter: @wcarena      

Entendiendo el "fenómeno" Hugo Chávez Frías

O impacto de Chávez na Venezuela e na América Latina

Paulo Nogueira 6 de janeiro de 2013 64
A revolução chavista pode ser resumida numa linha: ter dado voz a quem nunca teve

Não é fácil para o leitor brasileiro entender Hugo Chávez.
Jornais e revistas da grande mídia quase sempre se referem a ele de uma forma extraordinariamente negativa.
As críticas a Lula parecem afagos quando se vê a forma como Chávez é tratado pela mídia nacional.
Ditador. Tirano. Caudilho. Primitivo. Dinossauro.
Estes são apenas alguns dos adjetivos que já parecem estar prontos quando um editorialista ou colunista brasileiro vai escrever sobre Chávez.
Entender tamanha agressividade à luz da pura lógica é impossível.
Ditador, por exemplo. Chávez chegou ao poder e nele ainda está – provavelmente em seus últimos dias, dada a virulência do câncer que ele combate – por causa das urnas.
Se ele fosse ditador, para continuar neste adjetivo, as grandes empresas de jornalismo da Venezuela que o atacam tão ferozmente estariam caladas.
Stálin não era atacado pela imprensa russa, nem Hitler pela alemã. Na América do Sul, Pinochet não era chamado pelos jornais chilenos de ditador. Nem Geisel, ou Médici, ou até Figueiredo, no Brasil.
Em ditadura é assim.
Mas na Venezuela de Chávez não é assim. Como chamá-lo, então, de ditador?
O que Chávez fez, essencialmente, foi dar voz a milhões de venezuelanos miseráveis, que ao longo do tempo foram simplesmente ignorados por uma elite minúscula que fazia compras em Miami e controlava o poder e as benesses oriundas dele.
Eles monopolizaram os frutos do petróleo, em que a Venezuela é excepcionalmente rica.
Se os homens que dirigiram desde sempre a Venezuela tivessem demonstrado interesse pela sorte dos desvalidos, e portanto construíssem uma sociedade menos iníqua, Chávez simplesmente não existiria. Pelo menos não como o conhecemos.
Ele só emergiu por causa da obra lastimável dos que o antecederam no poder.
Chávez se diz socialista, como o presidente da França, François Hollande.
Mas, como no caso de Hollande, é um socialismo que pouco ou nada tem a ver com o marxismo. Marx, por exemplo, dizia que a religião é o ópio do povo.
No pronunciamento em que anunciou que tivera uma recaída no câncer e designou um sucessor para o chavismo, Chávez beijou um crucifixo. Ele invoca Deus com uma frequência notável. Marx jamais diria: “Este é um dos meus.”
E nem Stálin: ele jamais admitiria um sistema político nos moldes de Chávez, que pode ser removido por meio de votos livres.
Chávez, em sua trajetória, se indispôs com os Estados Unidos de Bush. Disse que combatiam o terror com o terror. Mas, conhecida hoje com mais detalhes a obra de Bush, se pode dizer que Chávez estava falando um absurdo?
Considere.
A Guerra do Iraque, sabe-se hoje, foi decretada sob a falsa premissa de que Saddan Hussein possuía armas de alto poder de destruição. Pessoas sem julgamento foram encerradas em Guantánamo e submetidas a torturas. Crianças, mulheres, velhos foram mortos em grande quantidade no mundo árabe, na era Bush, por drones, os aviões sem tripulação que aterrorizam até hoje os civis na região.
E então?
Chávez colocou foco nos pobres, pela primeira vez na história da Venezuela. Se o poder pode ser comparado a um brinquedo, ele tirou o brinquedo das mãos de quem estava com ele desde sempre.
E isso semeou um ódio virulento, que extrapolou as fronteiras da Venezuela e foi dar nos amigos daqueles que monopolizaram o brinquedo.
Mas também semeou votos, reconhecimento e lealdade entre os que foram excluídos da brincadeira.
Sobre o impacto de Chávez, nada conta tanto quanto o fato de a oposição a ele, nas últimas eleições, ter incorporado muitos dos programas sociais que tinham sido desprezados como “assistencialistas”, como se dar educação e saúde a quem jamais teve se enquadrasse nisso.
Como notou o reputado jornalista e escritor inglês Richard Gott em seu excelente livro “A Revolução Bolivariana”, Chávez colocou no mapa múndi a Venezuela, ao longo dos tempos um mero quintal dos Estados Unidos.
Talvez a maior lição do caso Chávez seja a seguinte: a única maneira que uma elite dirigente tem para impedir que apareça em seu caminho alguém com as características dele é não usar o brinquedo apenas em benefício próprio.
Para quem quer exemplos práticos de aplicação disso, é só esticar os olhos para a Escandinávia – onde o bem estar não é para um punhado privilegiado apenas, mas para a sociedade como um todo.
A grande revolução de Chávez foi dar voz aos pobres venezuelanos. Por isso é tão amado por eles, e por isso será uma referência perene na história da Venezuela e da América Latina.